Ação ocorreu, nesta sexta (1º), em
Moreno, no Grande Recife. Segundo governo, empresa praticava crimes contra
saúde pública, economia popular e Código do Consumidor.
Por G1
PE

Salgadinhos de festa produzidos em fábrica clandestina e outros produtos
foram levados para lixão — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação
Uma fábrica
clandestina de salgadinhos foi fechada, nesta sexta-feira (1º), na zona rural
de Moreno, no
Grande Recife, por praticar crimes contra a saúde pública, a economia popular e
o Código de Defesa do Consumidor. Na operação, que contou com equipes das
Vigilâncias Sanitárias do estado e do município, Procon e Polícia Militar,
foram descartados 300 mil canudinhos de festa, levados para um lixão.
A fábrica que foi
fechada fica no Engenho Carnijó. Durante a ação, os fiscais detectaram vários
problemas, desde o armazenamento de produtos até a falta de condições de
higiene na área de fabricação dos salgadinhos.

Fogões e panelas com sujeira foram encontrados na fábrica clandestina de
salgadinhos, em Moreno, no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação
Imagens enviadas
pelo Procon de Pernambuco mostram panelas sujas e produtos colocados em
plásticos junto a tijolos. Além dos salgadinhos de festa, outros produtos e
embalagens foram descartados.
Também havia
diversos baldes de gordura vegetal, que estava vencida, espalhados pelo chão.
Ainda de acordo com o Procon, foram encontradas tampas cheias de marcas pretas,
que pareciam fezes de animais.

Óleo descartado na área de produção estava perto de panelas na fábrica
clandestina de salgadinhos, em Moreno, no Grande Recife — Foto: Procon de
Pernambuco/Divulgação
Nas panelas e
fogões, todos pretos, foi detectada uma mistura de gordura e sujeira. Os
fiscais informaram que um cachorro passeava pelo local.
“É uma situação
muito complicada. Precisamos saber que óleo era usado e como esse material
estava sendo descartado. Tem muita sujeira. É um caso de saúde pública”,
afirmou o secretário de Justiça de Pernambuco, Pedro Eurico.
Os problemas também
foram encontrados na área de embalagem dos salgadinhos. Ainda de acordo com o
Procon, os canudinhos eram colocados em sacos e colados, manualmente, com fita
adesiva e cola branca.

Canudinhos de festa eram colocados junto de tijolos, na fábrica
clandestina localizada em Moreno. no Grande Recife — Foto: Procon de
Pernambuco/Divulgação
Por meio de nota, o
órgão informou que os produtos eram vendidos para diversas lojas e mercados da
Região Metropolitana do Recife. Na fábrica, foram encontradas embalagens das
seguintes marcas: Canudos Crocantes; Canudos Festas; Canudos Margogi; Ki-Massa
e Krokita.
“A Polícia Civil
foi acionada para abrir um inquérito. É preciso investigar se essa fábrica
estava produzindo produtos falsificados, com nome de marcas que estão no
mercado, ou se havia terceirização ilegal da produção. Até agora, não houve
prisões”, disse Pedro Eurico

Baldes com gordura estavam armazenados de forma irregular e apresentavam
marcas pretas, como se fossem fezes de animais, segundo o Procon de Pernambuco
— Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação
O Procon informou
que vai fazer operações para tirar esses produtos das lojas. Segundo o
secretário, também será preciso investigar uma denúncia de que os funcionários
estavam trabalhando sem as condições devidas. “Vamos checar denúncias de
trabalho análogo a condições de escravidão”, declarou.
Segundo o Procon de
Pernambuco, durante a manhã, os proprietários da fábrica não estavam no local.
O órgão informou que a ação vai ter desdobramentos. À noite, um homem,
identificado como dono do estabelecimento, foi levado para a Delegacia de
Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, para prestar depoimento, de acordo
com o Procon.
A Polícia Militar
informou que equipes foram acionadas para garantir a segurança na operação. O
Ministério Público do Trabalho disse que não foi notificado oficialmente sobre
a operação. O G1 procurou a Polícia Civil e não
havia recebido retorno até a finalização da reportagem.

Na fábrica foram encontradas embalagens de marcas de salgadinhos
conhecidas no mercado, segundo o Procon de Pernambuco — Foto: Procon de
Pernambuco/Divulgação
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